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Empreendedorismo é Notícia
“A Desconfiada” de Ana Guimarães
2017-08-25
Ana Guimarães abriu, no ano passado, “A Desconfiada”. A professora de línguas, de 41 anos, queria mudar de vida e conseguiu. Ana teve o desejo de trabalhar em Aveiro. Por esse motivo, procurou um novo desafio, que a fizesse sair da sua zona de conforto e que de alguma forma contribuísse para o crescimento da sua cidade. “A Desconfiada”, que fica situada na rua José Estevão, tem por base dois conceitos: estética e utilidade. Em cada recanto é possível encontrar um produto para uso pessoal ou para oferecer a alguém. Tudo é nacional - são algumas dezenas de marcas portuguesas -, desde loiças, toalhas de praia, velas, tábuas de cozinha, passando por t-shirts vintage, colares, carteiras ecológicas e sustentáveis, ou sabonetes feitos a partir de azeite e de Vinho do Porto, doces, postais e cadernos. A escolha em comercializar exclusivamente marcas nacionais teve a ver com o desejo que a empresária tem de valorizar o que é produzido em Portugal. A ideia reúne os olhares dos portugueses e, ao mesmo tempo, dos turistas que visitam aquela zona do país e levam um pouco do nosso país.
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Os produtos açorianos na capital portuguesa
2017-08-25
Carolina Ferreira criou um negócio de retalho há oito anos com o propósito de colmatar uma dificuldade: a jovem veio de São Miguel para Lisboa para estudar Engenharia Industrial e, na capital, não conseguia encontrar produtos açorianos. Carolina, que ia com frequência a casa, chegava a Lisboa carregada de bens, pois sentia a falta do chá, dos queijos e da carne. Quando concluiu o mestrado em Logística, decidiu abrir uma loja com produtos dos Açores na capital. E assim foi. Fundou o Espaço Açores, na rua de São Julião. Acontece que os 70 metros quadrados da loja acabaram por não ser os suficientes e a empresária abriu um segundo espaço, a que deu o nome de Mercearia dos Açores, na rua da Madalena. A micaelense continuou a expandir o negócio e abriu mais um espaço: a Loja Açores. Os nomes variam, mas o conceito é o mesmo: trazer os produtos típicos dos Açores para o continente. As lojas são abastecidas por 300 fornecedores e nelas são vendidos produtos das nove ilhas. Carolina tem ainda uma loja online, com pouco mais de um ano e meio, que faz entregas pelo país em 24 horas.
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Mammy Susy: Onde todos os artigos são personalizáveis
2017-08-25
A Mammy Susy surge pelas mãos de Susana Venâncio. Trata-se de um projeto de transformação de materiais usados ou em fim de vida em novos produtos. Susana começou com as alpargatas eco sustentáveis, feitas a partir de uma peça de roupa. No entanto, o primeiro grande sucesso da empreendedora foram as capas produzidas com tecidos de lã. Com as capas foram surgindo novas propostas e Susana decidiu que devia começar a fazer coleções. A criadora dá sempre uma vertente moderna e criativa aos seus produtos, sendo uma das apostas os que são feitos em Burel. O projeto ganhou dimensão com as redes sociais e Susana sentiu que precisava de um espaço físico para poder trabalhar. Foi então que abriu a loja Mammy Susy, em Manteigas. Ali, encontram-se peças para criança e adulto feitas à mão e à medida. A Mammy Susy marca a diferença com os seus artigos personalizáveis. Os clientes podem escolher os tecidos, as cores e todo um conjunto de pormenores que faz com que as peças sejam únicas e especiais.
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Gente bonita come fruta feia
2017-08-25
A cooperativa Fruta Feia foi fundada em 2013 com o objetivo de alterar padrões de consumo e contribuir para a sustentabilidade, e nestes quase quatro anos de existência já conseguiu salvar do desperdício 500 toneladas de fruta. Engenheira do Ambiente de formação e mestre em Energias Renováveis, Isabel Soares decidiu deixar Barcelona para implementar o projeto em Portugal, montando uma equipa cujas valências diferenciadas permitiram construir um modelo viável. O conceito, já premiado e atualmente ativo em Lisboa e no Porto, é simples: comprar frutas e vegetais que não cumprem os requisitos de aparência necessários à venda em grandes superfícies e vendê-los diretamente ao público. Estes produtos, de outra forma, acabariam no lixo, e numa sociedade onde ainda existe pobreza e fome isso não pode fazer sentido. Outro objetivo, não menos importante, é pagar aos agricultores e aos colaboradores da cooperativa preços e salários justos, num modelo de proximidade autossustentável que permita mostrar que é possível alterar hábitos de consumo de forma viável. E o sucesso tem superado as expetativas, estando planeada a abertura de uma nova delegação em Coimbra já em 2018. Isabel pretende continuar a aumentar o impacto junto dos consumidores e o volume de alimentos que conseguem salvar, porque anda há muito desperdício a evitar.
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Marita Moreno: A vontade de levar as criações sustentáveis pelo mundo
2017-08-25
A grande vontade de Marita Setas Ferra iniciar um projeto a solo deu origem, em 2008, à marca Marita Moreno. No entanto, só em 2015, através de financiamento obtido a partir de uma candidatura a fundos europeus, é que a marca se consolidou. Nos primeiros anos, Marita Setas Ferro desenhava apenas peças de vestuário, mas depois do rebranding da marca optou por desenvolver linhas de sapatos e malas para homens e mulheres. Inspirada na sua área, a escultura, Marita capta elementos da azulejaria e absorve as cores do mundo, trabalhando as coleções como objetos escultóricos. Depois de “Colors of the world” ou “What about skin”, que problematiza o racismo, a mais recente coleção da marca é linha de calçado unissexo vegan. Os produtos misturam cortiça tingida com tecido feito com 100% de algodão. Paralelamente à preocupação de justiça social ou sustentabilidade, Marita Setas Ferro faz questão de privilegiar materiais fabricados em Portugal. Burel, linho, pele ou lã são os materiais que, aliados à cortiça e ao algodão, permitem que o calçado e as carteiras da marca se concertem numa estética contemporânea, com apontamentos do património português. Atualmente, Marita venda as suas criações em espaços multimarca pelo país e em plataformas online, mas ambiciona o lançamento de uma loja própria online e sonha até com a internacionalização.
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