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Levoir - Entrevista a: Silvia Reig

1. O empreendedorismo nasce num dado contexto: social, económico, cultural, ambiental, político, etc. Como é que o mesmo influenciou a sua motivação, visão e estratégia, bem como o desenvolvimento do seu projeto?

Sempre fui uma pessoa com muita iniciativa na minha vida profissional e pessoal. Trabalhei durante 20 anos em grandes multinacionais, Danone, Unilever, Sonae, Jerónimo Martins e na maioria das ocasiões desenvolvi projectos de carácter inovador e com forte diferencial que poderíamos considerar como empreendedores.

2. Quais são os fatores de sucesso do seu projeto?

A Inovação, encontrando novas soluções a nível de ideias editoriais e na sua implementação, rapidez, conhecimento do mercado e, como em qualquer projeto, predisposição para correr alguns riscos. Finalmente, e o mais importante, é a paixão” pelo que se faz. 

3. O que é para si ter sucesso como empreendedora?

Deixar um legado cultural na sociedade e em simultâneo conseguir ser rentável. Ter a liberdade de decidir na minha vida profissional e pessoal.

4. O empreendedorismo é fundado num ciclo permanente de aprendizagem do qual inovação e errar fazem parte?

Errare humanum est. Considero que são os erros e às vezes os fracassos que mais nos ajudam no nosso caminho. Empreender tem o seu risco, é preciso saber lidar e viver com um certo grau de incerteza, não é para todas as pessoas.

5. Quais foram os obstáculos que teve no seu percurso e o que retirou como aprendizagem?

Uma das dificuldades é a solidão na tomada das decisões e o facto de não nos sentirmos envolvidos numa Grande Organização. Trabalhar sem rede. 

6. Empreender para si tem por base a cooperação ou é mais um “one person show” ?

A pessoa pode liderar um projeto mas nunca poderá levá-lo a bom porto sem uma equipa que o apoie e o siga.

7. Trabalhar com sócios – Quais as Vantagens/Inconvenientes?

É complicado quando não existe confiança no nosso trabalho ou quando se está muito longe da nossa realidade de mercado. É vital que os sócios  permitam que a pessoa que lidera consiga mobilizar os recursos disponíveis. A vantagem é ter o capital necessário para empreender em determinados projetos mais arriscados.

8. Estando a comemorar o “3º aniversário” da sua empresa, que balanço faz, tendo em conta os tempos conturbados que Portugal atravessa atualmente?

Foi a melhor decisão que poderia ter tido. Apesar da crise, acredito que as boas ideias e o trabalho bem feito sempre recompensam os empreendedores. Há sempre dificuldades mas é preciso dar a volta às mesmas. É preciso ter uma visão ampla e não nos restringirmos só a Portugal. Foi esse o objetivo desde o início.

9. Quais serão as principais apostas para o futuro?

No meu caso concreto, o grande desafio é continuar com a desmaterialização dos conteúdos em todas as suas vertentes e a abertura a novos mercados.

10. Atualmente, fala-se muito na necessidade das empresas serem sustentáveis e socialmente responsáveis. Que contributo pode dar o empreendedorismo para um modelo de desenvolvimento sustentável e responsável?

Pode dar um contributo semelhante ao de uma grande organização; é preciso líderes com consciência social para que cada um no seu lugar traga uma visão mais responsável em cada uma das fases do negócio. Quiçá o empreendedor tenha uma visão mais “terra a terra” da realidade e seja mais sensível a determinados temas.

 

CONSELHOS E DICAS:

 

11. Quais são os principais critérios a ter em consideração para ter sucesso numa start up?

É preciso ter um plano de negócio bem definido, ter o financiamento necessário para poder atingir os objetivos e uma equipa com disponibilidade de entrega necessária para o momento inicial do lançamento que é sempre conturbado e de muita pressão. 

12. Se tivesse de escolher cinco características a nível de personalidade, competências ou valores que um(a) empreendedor(a) deve ter ou desenvolver, quais seriam?

Ter muita energia, ser otimista, ter tolerância ao erro e ao fracasso e muita tenacidade e persistência.

13. Após a consolidação de um projeto/negócio, quais devem ser para si as prioridades do(a) empreendedor(a) enquanto líder e gestor(a)?

Conseguir que as pessoas que trabalham connosco se sintam empreendedoras por conta de outrém, Obteremos assim uma empresa mais dinâmica.

14. O que é para si empreender no feminino e que conselho(s) daria às mulheres que desejam tornar-se empreendedoras?

Homens e Mulheres são diferentes em todas as vertentes da vida. Quando falamos de empreendedorismo podemos dizer que estas diferenças se mantêm. É mais difícil para as mulheres vingar e serem levadas a sério em ambientes tradicionalmente masculinos como é o empresarial, implica mais esforço e é preciso ter sucesso de forma mais rápida e consolidada para que nos tenham em conta. O meu conselho é não desistir e acreditar no nosso valor.

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